Microagulhamento: ameniza manchas e deixa a pele incrivelmente renovada

A redução de cicatrizes de acne, de rugas e de estrias também são indicações do tratamento

Você provavelmente já ouviu falar sobre a técnica de microagulhamento que, com o auxílio de agulhas muito finas, estimula o colágeno da pele e atenua sinais de envelhecimento. Atualmente, ela é realizada, inclusive, com o auxílio de um equipamento chamado Roller, que tem cerca de 200 agulhas, facilitando a aplicação.

O microagulhamento ou a indução percutânea de colágeno (IPCA) tem atraído muito a atenção das pessoas que apostam em tratamentos clínicos ou estéticos para cuidar da beleza da pele, pois pode tratar diversos aspectos da pele, especialmente facial.

Juliana Jordão, médica pós-graduada em Dermatologia, explica que o tratamento é realizado através de dispositivos compostos por pequenas agulhas que causam microperfurações na pele. “Estas microperfurações são responsáveis pela indução de um processo inflamatório no local, capaz de estimular os fibroblastos, que são células responsáveis pela produção de colágeno local”, diz.

“Além disso, através das pequenas perfurações causadas, é possível a redução da pigmentação de manchas, especialmente do melasma. Estudos recentes mostram melhora considerável em manchas de melasma resistentes a outros tratamentos”, acrescenta a dermatologista.

Juliana Vieira, fisioterapeuta dermatofuncional do The Spa, ressalta que o microagulhamento tem como principal objetivo a indução percutânea de colágeno, a angiogenese (criação de vasos sanguíneos novos) e um aumento da vasodilatação, fazendo com que haja uma melhora de oxigenação e nutrição nos tecidos.

Juliana Jordão explica que as indicações do tratamento são diversas, mas as principais são:

  • Redução do melasma;
  • Redução de cicatrizes de acne;
  • Redução de rugas;
  • Redução/melhora de estrias;
  • Melhora de poros e textura da pele;
  • Redução de cicatrizes traumáticas e/ou cirúrgicas.

Juliana Vieira reforça que o microagulhamento pode ser indicado para rejuvenescimento facial, tratamento de estrias, manchas, além de alopecia e flacidez.

Vale ressaltar que o microagulhamento pode ser utilizado tanto no rosto, como em outras partes do corpo, inclusive no couro cabeludo, para estimular a circulação sanguínea da região.

Como é feito o microagulhamento?

Foto: Getty Images

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Juliana Vieira explica que primeiramente é feita uma higienização e assepsia da pele. “Depois, escolhemos a agulha a ser utilizada de acordo com o tratamento proposto. O Roller é passado na pele nas quatro direções (vertical, horizontal, diagonal direita e esquerda), cinco vezes cada. Durante o microagulhamento, utilizamos um cosmético apropriado para o tipo de pele e tratamento”, diz.

A dermatologista Juliana Jordão destaca que, no caso específico de tratamento para o rosto, após a antissepsia da pele e aplicação de creme anestésico, é feita a aplicação da IPCA em várias passadas em toda a face. “De acordo com a necessidade, são utilizadas agulhas de diferentes tamanhos: para lesões superficiais, agulhas menores; para lesões profundas como cicatrizes, agulhas mais longas”, explica.

“Após o procedimento, há inchaço de leve a moderado, e vermelhidão na pele que varia de acordo com a intensidade da aplicação. A recuperação costuma ser mais rápida em comparação ao laser”, acrescenta a dermatologista.

Juliana Jordão exemplifica que existem três tipos de melasma: o epidérmico (mais superficial), o dérmico (mais profundo) e o misto (nas duas camadas). “Para cada um, devem ser usadas medicações e concentrações específicas. Se o tratamento não estiver correto, ele pode causar a irritação e piorar a lesão”, alerta.

Vale reforçar que, por se tratar de procedimento invasivo, o microagulhamento ou IPCA deve ser realizado por um profissional habilitado para isso, a fim de garantir a correta avaliação de indicações e contraindicações, além de prevenção e complicações.

Assim, o microagulhamento deve ser feito preferencialmente por médicos dermatologistas, ou ainda, cirurgiões plásticos especializados na técnica. Fisioterapeutas dermatofuncionais com especialização na técnica também podem realizá-la.

Microagulhamento dói?

Foto: Getty Images

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Dor é sempre relativa. Mas, de forma geral, Juliana Vieira diz que, no caso de agulhas com comprimento de 0,2 a 0,3, a dor é bem tolerável. “Para agulhas acima de 0,5, pacientes relatam dor”, diz.

Juliana Jordão ressalta que, se houver a aplicação de pomada anestésica de alta potência ou anestesia local injetável, o microagulhamento torna-se um procedimento muito tolerado, mesmo quando feito de forma mais intensa. “Importante enfatizar que somente médicos têm autorização para aplicação de pomada anestésica de alta potência ou anestesia local injetável”, diz.

Resultados: o que esperar do microagulhamento

A dermatologista Juliana Jordão explica que geralmente são indicadas de uma a três sessões, a depender da severidade do quadro e da indicação.

“O pós da IPCA é geralmente tranquilo, com mínimo desconforto. A redução das manchas e a melhora da qualidade da pele são vistas nos primeiros 15 a 30 dias. O auge da produção de colágeno induzida pela IPCA é em torno de 3 meses, quando vemos a melhora de rugas, cicatrizes e estrias”, explica a dermatologista.

A fisioterapeuta Juliana Vieira explica que, geralmente, pode-se observar que, após o microagulhamento, por até oito meses ainda existe a produção de colágeno.

Em relação a preços, pode haver grande variação dependendo do local (cidade, clínica) onde o tratamento será realizado. A fisioterapeuta dermatofuncional destaca, porém, que o valor costuma variar entre R$400 a R$600 por sessão.

Geralmente, o tempo de intervalo entre uma sessão e outra é de um mês. Cada sessão dura cerca de 30 minutos a 1 hora. Mas tudo isso pode variar de acordo com o tipo de tratamento.

Cuidados antes e depois do microagulhamento

Foto: Getty Images

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De acordo com Juliana Vieira, os principais cuidados antes do procedimento são:

  • Deve ser realizada uma avaliação para indicar o melhor tratamento a ser feito com o microagulhamento;
  • É indicado que a paciente suspenda pelo menos três dias antes o uso de qualquer tipo de ácido que esteja usando para evitar possíveis quadros alérgicos;
  • É necessário realizar uma boa limpeza de pele;
  • É indicado ainda ingerir vitamina C, pois ela auxilia na produção de colágeno.

Depois do procedimento, as orientações básicas são:

  • Não utilizar protetor solar e maquiagem por pelo menos 24hs;
  • Não se expor ao sol durante o processo inflamatório (três a cinco dias após);
  • Evitar contato com animais e mãos sujas na região tratada, prevenindo assim o risco de contaminação;
  • Utilizar produtos com autorização do profissional que realizou o tratamento, para melhores resultados.

Riscos e contraindicações do microagulhamento

Foto: Getty Images

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Juliana Jordão destaca que as contraindicações são:

  • Infecção ativa como herpes no local ou outra infecção;
  • Tendência à cicatrização com quelóides;
  • Gestação;
  • Imunossupressão.

A fisioterapeuta dermatofuncional Juliana ressalta que grávidas não podem realizar o procedimento pois o risco de hiperpigmentação é muito grande devido às alterações hormonais.

Ainda de acordo com a fisioterapeuta, a técnica é segura, pois, ao perfurar a pele, mantém-se a epiderme íntegra e, com isso, os riscos de alguma complicação são baixas.

A dermatologista Juliana Jordão explica que os efeitos colaterais podem surgir se houver aplicação ou indicação incorreta. “Pode levar à formação de cicatrizes e manchas no local do tratamento. Os cuidados no pós-procedimento por parte do paciente, como através do uso do filtro e prevenção a exposição solar, também auxiliam na prevenção de manchas pós-procedimento”, ressalta.

A dermatologista destaca que, associada ao microagulhamento, deve-se utilizar entre as sessões cremes antirrugas e clareadores para melhora e manutenção dos resultados. “Para pacientes com manchas, as sessões podem ser alternadas com peelings químicos. Para cicatrizes e rugas profundas, na mesma sessão pode ser aplicada a técnica de tunelização dérmica, que faz um descolamento da lesão e maior produção de colágeno local”, diz.

Para garantir maior sucesso no tratamento e nos cuidados gerais com a beleza da pele, o microagulhamento deve ainda ser associado com uma alimentação rica em proteínas (que ajudam a estimular a formação de colágeno na pele), com a proteção solar diária (usando protetor com FPS acima de 30) e com o consumo adequado de líquidos (especialmente água). Quem fuma deve se esforçar ao máximo para parar, pois este é um hábito totalmente destrutivo para a beleza e a saúde de uma forma geral.

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